domingo, 14 de agosto de 2011

Leve Pesadelos. Devolva Sonhos!

Esperanças novinhas em folha, assim ela acordou depois de uma noite daquelas. Sonhos confusos. Medo. Procura e Soluções. Suas desilusões dançaram. Ela sempre esperou que um alguém chegasse e mudasse aquela realidade. Esperou muito. Ainda não entendo o porque de tanta espera! Estava condicionada a ser sempre uma válvula de escape. Ela nunca se cansa! O estranho de tudo isso era que por mais que a vida a levasse para outros jardins, ela nunca conseguiria conservar as rosas. Porque sempre tinha um cravo no seu caminho. Por sorte, ele nunca conseguiu deter a primavera. Então, as coisa de ontem foram sendo filtradas por aqueles olhos... Ela já sabia onde o encontrar. Já tinha as chaves. Aprendera o caminho. Criou atalhos. Mas, ainda não tinha conseguido libertá-lo... E nem queria! Imaginem, ela acreditava que nem a amnésia iria tirar todo aquele sentimento da memória. Juro, pensou até que haviam feito um "trabalho", sei lá, macumba mesmo... Porque quando tudo já estava cicatrizado ele voltava. Coisa patética. E desnecessária. Vai entender?! Depois de várias encenações. Relacionamentos estranhos. Tentativas de Fuga. Becos-sem-saída. Veio o "escape". Sabe aquela luz no fim do túnel? É, essa mesmo... Depois de andar quilômetros... pegar caronas com desconhecidos. Ela o encontra. Aprisonado em um alguns metros cúbicos da sua mémoria. Num estado decadente, tingido de giz preto. Pedindo socorro. Ela pega a chave. Parece até pedir uma autorização divina. Inutilmente. Usa todas as suas forças. E, nada!  Acorda frustada! Porque ao contrário do que ela pensava... Ele sempre a deixou livre. Livre para escolher um novo caminho e navegar por novas rotas. E, ingenuinamente quem estava preso era aquele que tinha dado-lhe a sua liberdade! Por mais que o coração tentasse trazê-lo à tona, a cabeça dizia fica aí! Demorou a perceber. Mas, no fim do dia descobriu que só ela tinha a chave, o caminho e toda autonomia para tirá-lo dali. Renovou suas forças. Porque a vida segue... Suas frustações ficaram há cinco linhas atrás. E lá está ela. Mais uma vez, a espera de um sonho. Segura as chaves. E dorme, afim de despertá-lo daquele pesadelo.

"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência."  É o que dizia Mahatma Gandhi.

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