segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dependente...

Pessoas fascinantes sempre deixam algo escondido. Nunca se entregam por inteiro. Nos deixam com uma sede afetiva quase que insaciável. Nos remetem a outro plano. Nos fazem seguir em frente mesmo desconhecendo a rota e os seus perigos. Perigos? Você sequer pensou nisso! Culpa delas também! Elas conseguem viver a espera de absolutamente nada! Levam a vida á tona. Te deixam completamente dependente... Como tarja preta, te deixam frágeis. Te fazem ter desejos além... Te colocam em quartos escuros. Você procura desvendar os seus segredos. Pensa que são tantos... E, na verdade é só um. Mais isso vai te consumindo... Quando você percebe. Ali está você... Inseguro. Ansioso. E, profundamente Patético. Mas, isso só os outros vêem. Afinal, tudo está colorido pra você. Elas não te cobram nada do que você não possa oferecer. Não te fazem falsas promessas. São "classistas". Mesmo o não, desce como um suave gole de vinho. Elas sabem o que querem. E, não tente desvendar seus pensamentos! São como um rio, límpidos e passageiros. Nenhuma idéia fixa. Muitas pretensões e poucos objetivos. Nada comum. Nenhum diagnóstico....E se não há diagnóstico, não há problemas, nem mesmo remédios. É lógico. Então você mergulha fundo. Afim de saciar a sede. E, aquele gostinho de quero mais nunca passa... nem vai passar! É só isso que te prende! O querer mais. O desvendar mais. O beber mais... Mera dependêcia! Bate aquela saudade iracional. O dificil é admitir que.. Simplesmente você ainda me fascina!

domingo, 14 de agosto de 2011

Leve Pesadelos. Devolva Sonhos!

Esperanças novinhas em folha, assim ela acordou depois de uma noite daquelas. Sonhos confusos. Medo. Procura e Soluções. Suas desilusões dançaram. Ela sempre esperou que um alguém chegasse e mudasse aquela realidade. Esperou muito. Ainda não entendo o porque de tanta espera! Estava condicionada a ser sempre uma válvula de escape. Ela nunca se cansa! O estranho de tudo isso era que por mais que a vida a levasse para outros jardins, ela nunca conseguiria conservar as rosas. Porque sempre tinha um cravo no seu caminho. Por sorte, ele nunca conseguiu deter a primavera. Então, as coisa de ontem foram sendo filtradas por aqueles olhos... Ela já sabia onde o encontrar. Já tinha as chaves. Aprendera o caminho. Criou atalhos. Mas, ainda não tinha conseguido libertá-lo... E nem queria! Imaginem, ela acreditava que nem a amnésia iria tirar todo aquele sentimento da memória. Juro, pensou até que haviam feito um "trabalho", sei lá, macumba mesmo... Porque quando tudo já estava cicatrizado ele voltava. Coisa patética. E desnecessária. Vai entender?! Depois de várias encenações. Relacionamentos estranhos. Tentativas de Fuga. Becos-sem-saída. Veio o "escape". Sabe aquela luz no fim do túnel? É, essa mesmo... Depois de andar quilômetros... pegar caronas com desconhecidos. Ela o encontra. Aprisonado em um alguns metros cúbicos da sua mémoria. Num estado decadente, tingido de giz preto. Pedindo socorro. Ela pega a chave. Parece até pedir uma autorização divina. Inutilmente. Usa todas as suas forças. E, nada!  Acorda frustada! Porque ao contrário do que ela pensava... Ele sempre a deixou livre. Livre para escolher um novo caminho e navegar por novas rotas. E, ingenuinamente quem estava preso era aquele que tinha dado-lhe a sua liberdade! Por mais que o coração tentasse trazê-lo à tona, a cabeça dizia fica aí! Demorou a perceber. Mas, no fim do dia descobriu que só ela tinha a chave, o caminho e toda autonomia para tirá-lo dali. Renovou suas forças. Porque a vida segue... Suas frustações ficaram há cinco linhas atrás. E lá está ela. Mais uma vez, a espera de um sonho. Segura as chaves. E dorme, afim de despertá-lo daquele pesadelo.

"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência."  É o que dizia Mahatma Gandhi.